"Me, Myself and I"

"Me, Myself and I"

26.3.04

Hoje fui ao teatro com a minha turma do 8.ºano.Fui ver a "Fada Oriana", ao CCB, às 10h.
Que teatro lindo, que mundo encantador...o das Fadas!
Claro que existem Fadas boas e Fadas más.As últimas....são aquelas que apagam as fogueiras dos pobres, aterrorizam as crianças pequenas, secam a água dos rios, roubam a comida aos pássaros, fazem as folhas das árvores cairem.
As boas, são como a Oriana...fazem coisas maravilhosas, fazem-nos sorrir e querer ser novamente crianças, por uns minutos...Bom fim de semana!

fada
Era uma vez uma Fada. A Rainha das fadas disse-lhe que lhe dava a varinha de condão, mas com uma condição: que ela ajudasse todos os que visse. Ela foi a casa da velhinha, depois a casa do moleiro, depois a casa do lenhador e por fim a casa do homem rico. Ajudou todas as casas por onde passou. Até que um dia, ela mirou-se na água, e todos os dias ela ia ao rio ver-se. Abandonou todas as pessoas e animais. Passados uns dias, a Rainha das fadas tirou-lhe as asas e a varinha de condão. Ela disse-lhe que só se fizesse alguma coisa boa é que podia reaver as asas e a varinha. Ela salvou a velhinha de cair num precipício e ganhou as asas e a varinha novamente.

Quem não se lembra de Oriana, a fada boa que curava árvores adoentadas e ajudava gentes pobres? Vivia numa floresta, passava dias inteiros a trabalhar - a levar a velhinha cega à cidade, a limpar a casa do moleiro e dos seus onze filhos, a visitar o poeta, a única pessoa crescida a quem podia aparecer, a mimar as plantas...
Graças a um peixe elogioso, Oriana viu a sua imagem reflectida no espelho e ficou deslumbrada. Em vez de ajudar os homens, os animais e as plantas, como lhe competia, deu-lhe para gastar horas a colher flores para se enfeitar e outras tantas a admirar a sua própria beleza. Por castigo, a rainha das fadas tirou-lhe as asas e a varinha de condão. E, sem cuidados, a floresta secou, os animais fugiram para os montes e os homens para as cidades, onde se perdiam no labirinto das ruas.
Oriana esquece-se do mundo quando toma consciência do seu corpo, volta a valorizar o mundo quando encontra o "eu". "O teu dó pela tua amiga foi tão grande que nem te lembraste de ter medo", diz-lhe a rainha das fadas, quando lhe aparece como se fosse um relâmpago para lhe devolver as asas e a varinha. "Asas, asas, ai minhas asas!", celebra a pequena

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