"Do grande e do pequeno amor"

Estas mini férias em casa da minha mãe, são sempre as que mais gosto. Primeiro, sinto-me em casa(aquela noção de casa); Segundo, aproveito para ler, ver filmes e ouvir CD's novos; Terceiro, adoro comer queijo com banana e doce com a minha mãe!A ordem pode ser invertida, como queiram..não tem que ter ordem, mas tem que ter isto tudo!Passei os olhos pelo livro !A "Arte de Viajar" e já comecei outro "Queres fazer o favor de te calares"mas confesso que me perdi de amores por este"Do grande e do Pequeno amor"!

É uma história simples, real e muito comum sobre o amor, a paixão, a vida nas grandes cidades, os ciumes, a intolerância, os medos, as obcessões, as rupturas, a intranquilidade, as guerras humanas, a tentativa de consolação....enfim, um lote de palavras, que transmitem inúmeros sentimentos, que num livro de 80 páginas nos relembra que o AMOR deve ser vivido a 100%.

É um romance fotográfico, com umas fotos de cor vermelha e preta e com o texto por baixo a descrever as imagens!É da Inês Pedrosa e do Jorge Colombo.

"Juntos tentavam prolongar a ilusão de que o vício de um outro corpo é incurável. Diz-se que é uma uestão de pela. Desulpas.Pele é pele, dedos são dedos, alavancas são alavancas. E por aí fora; é uma questão de fantasia. Uma questão de literatura. Rigorasamente, ela não precisava dele para fornicar. Ninguém precisa de ninguém para o exercício do sexo do que todos precisamos é do amor dos outros. O amor pequeno, parcelar, da ternura e da vaidade; e o amor grande, que se nos entranha como um órgão imaterial e nos faz respirar por toda a vida"

(...)

"O meu amor por ti, às vezes, não é mais do que uma ruina, uma ruina onde estremeço de frio. Mas prefiro estremecer por causa de ti do que procurar outra paisagem""Andas a dormir com alguém?""Já não, encontro-te sempre, até nos corpos das outras e farto de ti, o meu amor por ti é tão banal e absoluto que está em todos os corpos entendes?""Perfeitamente. Como é que vamos resolver isto?"

(...)

"Achas que ainda teremos medo de viver juntos daqui a vinte anos?""Não sei. Se que nos arrependeremos se não tentarmos. Mas não consigo perder o medo"" Não tens de perder o medo. O medo faz parte do que somos os dois.""Nunca te esqueces de mim quando tens prazer com outras pessoas?""Não, e ai está uma coisa dificil de te perdoar."

Se puderem e quiserem algo diferente, não alegre, mas real e diferentes das histórias de amor, com fins e recomeços....aconselho!