"Me, Myself and I"

"Me, Myself and I"

4.11.08

Orquidea Branca...Não sei como lidar com este sentimento!?

Domingo=Ópera
Pois é, no passado domingo( depois de uma sexta -feira misteriosa),
nada como uma tarde cultural no Baltazar Dias.

Orquídea Branca era a peça que iamos ver...
Divididos por camarotes da 1.º Ordem:
no número 5: Mingos; Lália e Magna:


e no camarote n.º 4: Joana; Magui e Su
(eu, confesso que não vi 2 horas da ópera...esta estava centrada à esquerda do palco,
exactamente por baixo do meu Camarote...)
O que vi foi totalmente encavalitada na cadeira e quase a cair para a plateia!!!
No final do Espectáculo um grande aplauso para a Encenação e Cenografia;
para o música e direcção artística, para o libereto (João Aguiar) e para o Jardineiro e a Maria Amélia.


Para quem não foi...fica aqui um pequeno relato do que se passou no palco:

"Agosto de 1852. Chega ao Funchal D. Amélia Augusta de Beauharnais, imperatriz do Brasil, viúva de D. Pedro IV de Portugal (I do Brasil). A imperatriz acompanha a sua filha única, D. Maria Amélia, que vem procurar na Madeira alívio ou cura para a tuberculose. A bordo, os marinheiros celebram a chegada ao porto e saúdam a princesa. Em terra, o povo, em festa, espera o desembarque. José Maria, um jovem jardineiro da Quinta das Angústias, onde as visitantes ficarão instaladas, fica deslumbrado ao ver a princesa e apaixona-se irremediavelmente por ela. Os seus sentimentos não tardam a ser correspondidos, embora sem uma só troca de palavras. A partir deste momento, a acção centra-se neste amor, obviamente condenado, e na angústia com que a gente do Funchal segue a evolução da doença, porque D. Maria Amélia soube, pela sua simpatia, pelo seu interesse pelos pobres, conquistar a afeição de todos. Entretanto, o seu estado de saúde piora, mas o confessor da princesa ainda tem fé; notou que ela está apaixonada, embora não saiba por quem, e espera que esse sentimento auxilie a cura…No dia 1 de Dezembro, comemora-se o 21º aniversário de D. Maria Amélia. Enquanto se prepara a festa, a princesa e o jardineiro têm o seu primeiro diálogo e vencem a timidez. O jovem compara a sua amada à orquídea branca que trouxe para lhe oferecer.Mas, no final do dia, a princesa tem um colapso. A situação agrava-se rapidamente nas semanas seguintes. A gente da quinta e o povo do Funchal oram, sem cessar, pelas melhoras de D. Maria Amélia. Uma mulher vem dizer que um «vento milagroso» cobriu de flores o altar-mor da capela da Senhora das Angústias e todos interpretam isto como um sinal de cura. Mas é um engano.Desesperado, José Maria tenta ver a princesa, entregar-lhe um ramo de flores. Porém, ela morre antes de poder vê-lo. Só então, por relutante consentimento do confessor, o rapaz pode ir depor nos braços do cadáver as flores que trazia e chorar junto ao leito, enquanto, lá fora, a multidão lamenta a morte da princesa.
É a madrugada de 4 de Fevereiro de 1853.
"

E no fim, saímos todos a cantar "Náo sei como lidar com este sentimento( O AMOR)....
e até houve quem chorasse na sua primeira ida à Ópera e esgotasse os lenços de papel!
Mas é bonito ver , como a música, o teatro, as personagens e tudo o resto em harmonia, conseguem "arrancar"o mais sincero sentimento de "AMOR"!

3 comentários:

Anônimo disse...

Pois a parte que mais curti nesta òpera foi a de saber que a Alteza era tesa e o ponto-contra-p+onto do CU-ração...
Também gostei daquela parte em que se vê uns sapatos no palco quando no fim a música subitamente cessa... disseram que foi quando a dita "tesa" se finou.. tadita.. e lá foi o Zezé (também lhe vi as botas junto aos tais sapatos!) amparar a alteza cada vez mais tesa do rigor mortis...
Adorei conseguir ver as caras do músicos todos e conseguir vislumbrar, por cima da Magna e da Lália, o Mestro (vamos ao cu...ração ao maestro!) a cantar todas as árias.. Também gostei quando a Senhora Idosa (que não trouxe o Babar, graças a DEUS! ou não caberíamos mesmo no camarote de 1ª-como seria o de 2ª?) passou o tempinho todo encavalitada na varanda do camarote a bocejar e a tirar e a colocar os óculos!...
Tirando isto...

Anônimo disse...

Mas.... também adorei a melodia, os duetos de amor...que aquela menina vestida de noiva tocou no lobby do teatro.. deliciosa melodia!!!!! su, tens de colocar o trechozinho que ando no youtube!
Há anos que não ia ver uma ópera ao vivo e tenho de reconhecer que a composição musical, a execvução da orquestra, os figurinos, a estilzação dos símbolos nos actores/figurantes. Lindo!
ah! também adorei os brincos da imperatriz na cabeleira... ehehe

Anônimo disse...

A Magna riu-se do Babar.. e do CU-ração do Maestro.. E ela diz que apetecia mesmo ir lá... porque, e cito: "o homem era bom!" -
fim de citação...
De acordo com ela também é perigoso abrir a boca ao pé de nós.. deve ser por isso que ela olha para mim com uma cara de quem me vai dar boleia no porta-bagagens...
Prontus... saíu da sala e diz que não fala mais comigo... mas ofereceu-me um café! lol