"E ao fim de algum tempo aprendes que realmente podes suportar mais...que és realmente forte, e que podes ir muito longe depois de pensar que não se pode mais.E que realmente a vida tem valor e tu tens valor diante da vida!As nossas dádivas são traidoras e fazem-nos perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar!" William Shakespeare
"Me, Myself and I"
14.1.07
Que o Amor persista.
Hoje andei a arrumar a mala da escola.Entre livros, cadernos diários, post its e por ai...encontrei um texto que um colega meu de Filosofia(Paulo Vilela) me deu o ano passado.O ano passado tinha-o colado na parede da cozina, este ano ando com ele na mala...ainda não consegui colá-lo na parede do meu quarto!
É um excerto do livro - O VESTIDO VERMELHO - de Stig Dagerman. Aqui fica para todos nós:
"Os melhores dias são incondicionalmente os primeiros.Os dias que passaram juntos antes de se conhecerem.Quando se conhecem bem, tudo se torna dificil, visto ser dificil amar o que se conhece bem. Amar é ter curiosidade.Belo é só o que ainda não nos satisfez.Talvez que não seja belo senão o novo.Em todo o caso, só se pode amar o que traz novidade em si novidade. Para se amar alguém que chegámos a conhecer bastante é preciso vir a esquece-lo um pouco, não de todo mas o bastante.
Para compreenderem isto precisaram de quinze dias.Não o dizem um ao outro, são prudentes, o que quer dizer:mentem. Para o amor durar deve-se mentir, bastante a si próprio, e ainda a quem se ama.Uma forma de mentir é o requinte. Adoptam-no depressa.Inventam nome um para o outro, descobrem sítios onde se beijar, novos sítios onde se deitar. O que os entretém uns tempos, sem os enganar.Procuram então outras maneiras de dizer a verdade. Um dos modos de fazer durar o amor é de lhe misturar o ódio ; o melhor modo, mas em todo o caso perigoso..
O amor e o ódio constituem o gato e o rato dos nossos sentimentos. O gato por vezes persegue o rato, mas das outras vezes é o rato que persegue o gato.Mas assim que o gato e o rato se cansam de perseguir, pouco mais lhes resta.
Nada mais lhes resta que reconhecer a mais amarga de todas as verdades, a mais amarga mas tembém a melhor: dois seres que se amam não podem viver sozinhos numa ilha sem destruirem o amor; nunca poderam formar uma ilha.Tem necessidades de relações com a terra, precisam de todos os seres que existem. Fraca consolação é esta para quem supõe que o amor é uma ilha no mar, mas grande consolação para quem se sente fatigado das ilhas.
Quando estamos fatigados de amar contenta-nos pensar que aquele que amamos não está isolado na terra.(...)"
Será que é mesmo assim???
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2 comentários:
Eu tenho razões para acreditar q sim... ;)
Eu já n sei em que acreditar...gostava de poder continuar a acreditar naquele amor para toda a vida!Mas, acho que levei um tal abanão que deixei de confiar nas pessoas, nas relações,sonhos.Espero que passe rápido este sentimento "azedo"...Mas ainda bem que tens razões para acreditar.Mereces ser feliz!
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